Costumo dizer que tenho uma excelente memória, para não dizer magnífica, só que é um bocado curta, o que não ajuda muito a resolver certas e determinadas complicadas de se resolverem.
Por exemplo uma excelente prova da minha fabulosa memória é que todos os dias lembro-me de comer (sem fazer esforço nenhum diga-se de passagem), outro bom exemplo dessa minha memória fantástica, que consegue mesmo roçar o divino, é de que (mais uma vez sem o menor esforço) consigo sempre lembrar-me de levar um almanaque do Tio Patinhas para a casa de banho, o que é extraordináio! Pois as pessoas só se lembram de levar entretenimento fecal quando já tem as calças nos tornozelos, e depois fica sempre naquela indecisão do "será que consigo aguentar tempo suficiente de ir buscar o meu Tio Patinhas?". Aliás lembro-me (mais uma vez a minha estrondosa memória em acção) agora que um colega meu, nem sequer precisa de uma potente memória para ter sempre um Tio Patinhas nas mãos quando nos deliciamos com a porcelana gelada do nosso trono sagrado. Esse meu grande amigo tem nem mais nem menos do que um cestinho com dezenas de Tios Patinhas a cerca de cinco centimetros da base do trono o que dá um jeitão enorme.
Outra questão interessante é que lemos sempre as mesmas aventuras do Peninha, Donald, Margarida, Mickei, Pateta, Minie, Pluto, etc. e nunca nos fartamos, contestamos, reclamamos ou barafustamos. Porquê? Porque estamos tão aflitos que quando nos sentamos e sentimos aquele alivio extasiante nem ligamos se já tinhamos visto aquela história em que o Tio Patinhas quer ganhar mais uns tostões acabando por ficar com os mesmos que já tinha dando assim uma lição de moral em brasileiro aos miudos tugas?
Realmente, os Portugueses gostam de se doutorar em lições de moral em coisa de segundos, aliás os Portugueses gostam de se doutorar em segundos. O doutoramento esse pode ser qualquer um, depende da discussão em que o futuro doutor se envolver, sim porque os doutoramentos IP4(de alta velocidade e desastrosos, perceba-se) surgem sempre no inicio de uma conversa ( que logo se transforma em discução porque o SôTôr discorda da opiniam de algum dos internivientes, começando logo a barafustar com este).
Agora proponho-vos uma experiência deliciante: ver o SôTôr a argumentar com unhas e dentes algo que você conhece minimamente bem, e tem a certeza de que o mesmo Doutor está errado (não vale se tirou o doutoramento naquele momento)
Abraços.
Robalo
PS: aparições esporádicas nunca mataram niguém (acho eu)